segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Admirável Mundo Novo: Fábula Científica ou Pesadelo Virtual?

O  cientificamente possível é eticamente viável? O Admirável Mundo Novo, escrito por Aldous Huxley em 1931 é uma “fábula” futurista relatando uma sociedade completamente organizada, sob um sistema científico de castas. Não haveria vontade livre, abolida pelo condicionamento; a servidão seria aceitável devido a doses regulares de felicidade química e ortodoxias e ideologias seriam ministradas em cursos durante o sono. Olhando o presente, podemos imaginar um futuro semelhante em termos de avanços tecnológicos. Será ele de excessiva falta de ordem, da ordem em excesso preconizada por Huxley  ou já vivenciamos o pesadelo virtual de Matrix, a fábula cinematográfica atual ?

link original:
Ano I - Nº 01 - Maio de 2001 - Bimensal - Maringá - PR - Brasil - ISSN 1519.6178


"Assim, por quê essa sociedade civilizada aje de tal forma na história de Admirável Mundo Novo?! E por quê, ao menos em tese, ela funciona tão bem, e todos lá são “felizes” (pelo menos a maioria)? As razões são bastante simples e extremamente sensatas (pelo menos em teoria). Vejamos:
  1. Não há relacionamentos (emocionais) duradouros de qualquer tipo. Não há envolvimento passional (homem x mulher, etc.), não existe o conceito de família, ou seja, não existem pais, mães, irmãos, e assim por diante. Dessa forma, não há possessividade entre os indivíduos. Ninguém tem motivos para sentir ciúme, nem inveja amorosa, nem razões para atitudes protetoras com outras pessoas. Em suma, ninguém se zanga nem briga por amor, ninguém sente a necessidade de impressionar ninguém. Todos tem envolvimentos sexuais passageiros e estimulam-se mutuamente a procurarem novos parceiros. Ninguém fica sem carinho, sexo, prazer.
  1. Não há mobilidade entre as castas e cada casta tem sua função específica na sociedade. A consequência, novamente, é não haver ambição, nem competitividade, nem ninguém tentando puxar o tapete de ninguém. Não há cobiça, pois cada um tem seu papel, e por não haver mobilidade social, ninguém fica se preocupando em subir degraus da sociedade. Os envolvimentos sexuais apenas se dão entre pessoas de castas próximas, ou seja, novamente ninguém tem a necessidade de impressionar ninguém. E o trabalho é feito, a sociedade funciona, e não há guerras, pois ninguém tem a ambição de mais poder, nem mais dinheiro, nem mais amantes.
  1. Não havendo razões para haver frustrações e com uma sociedade extremamente funcional e organizada, não há fundamento lógico ou emocional que justifique as guerras, nem os crimes. Todos tem suas funções, empregos, ninguém passa fome, nem dificuldades. Todos são felizes, pois enxergam essa realidade como a convenção social corrente, ou seja, o normal. Nada lhes falta."



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

*E isso doi!*


Não que alguém se importe, curta, comente ou tome qualquer outra ação possível nestas redes sociais...

Apenas é uma forma "viável" de "desabafar com alguém". Hoje senti muita falta de alguém, principalmente porque quis compartilhar algo e esta pessoa não pode estar comigo. Vivendo o momento comigo. Eu entendo que tenha outros interesses, que encontre algo que julgue mais importante que eu, mas isto não deixa de magoar, de ferir, de certa forma.
Tenho consciência que não devo esperar mais do que a outra pessoa é capaz de dar, mas isso é muito phoda de fazer! Os humanos tendem a criar expectativa uns sobre os outros, alguns até mesmo chegam a exigir que o outro se adeque, se ajuste a estas expectativas. E gente há que até tenta -mesmo que pra isso precise anular uma parte de si- apenas pelo desejo de agradar. Mas jamais vi isto dar certo. Depois de certo tempo, os dois começam a deixar de serem humanos e se vão tornando em produtos, fábricos do desejo!!

E isso também fere, magoa. Às vezes até mais que não buscar fazê-lo.
É uma equação complexa e de difícil resolução -considerando que exista uma-, Buda tem sua razão quando diz que o melhor é o Caminho do Meio: nem tanto ao mar, nem tanto à terra. EQUILÍBRIO! Mas isto é algo difícil de alcançar e ainda mais de manter. Principalmente quando tantos fatores independem de nossa vontade.

Também sei não dever esperar demais, por não ter maiores vínculos com a pessoa: não somos namorados, sequer ela é apaixonada por mim (como eu sou). Mas me doi vê-la disparando em toda e qualquer direção, como se estivesse perdida, sem rumo, e também sem coragem de admitir isto pra si mesma.

Como diz Pitty "Te vejo errando e isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa chorar". E é por todas as lágrimas derramadas, por todas as ações impensadas, por todas as pequenas coisas que nos ferem a confiança, fazendo-a minguar, que às vezes até duvido que sejamos amigos. E mesmo isso também é esperar demais quando se nota que a pessoa -aparentemente- foge de exocríticas e autocríticas. Pois ficamos torcendo pela melhora, pela evolução, mas temos nosso acesso negado aos indicadores reais, factuais disto. Que somente poderiam ser mesurados através de francas conversas e atitudes inequívocas!

Não me eximo de responsabilidade na situação atual pelo extremo valor que dou a coesão e coerência dos detalhes, das atitudes. Palavras são bonitas, mas sem a firme e sólida base da ação efetiva, pouco representam. Tanto menos quando a pessoa é como sou: possuindo certa dificuldade de confiar de acreditar...

Pra mim, a confiança é algo que deve ser (re)conquistado a cada novo dia, e repensado a cada noite. A confiança não se pauta pela fé cega e inquestionável, mas pelo contínuo exercício do conhecer, do questionar e esclarecer. Creio que toda a qualquer dúvida mereça uma resposta expositiva (não importando quão idiota ou repetitiva, ou reincidente possa ser tal dúvida). Um grão d'areia parece ser nada, mas acumulando-se sob continuada pressão torna-se uma pedra, que pode fundir-se a outras e tornar-se uma rocha de proporções colossais!
É assim que vejo cada dúvida não sanada: como grãos que se vão ajuntando e virando em algo ainda maior e de difícil debelação!!!

E isso doi!
Ainda mais quando você reconhece que confiar não depende exclusivamente de si, mas também do comportamento do outro. Pois confiança que não encontra ambiente favorável, tende a definhar e morrer... E o que tomará seu lugar?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sequerência...

Gosto de acreditar que sou racional, sendo o mais lógico possível à uma criatura falível como EU: Humano.
Que consigo percerber os padrões ocultos em determidados eventos (como se eu fosse um Ozimandyas).
Mas isto não significa que os padrões que detecto me agradem, o que postarei abaixo é um destes padrões:

Atualmente, parace ser moda "virar homossexual". Como se isso fosse uma "tendência estético-comportamental".
Nesta nova "sociedade" o indivíduo não se descobriria (tomaria consciência) ser gay. O que noto é muitos 'assumirem-se "bissexuais" ou "homossexuais" para "ficar na moda", para buscar construir algum tipo de identidade de grupo!
Ta parecendo mesmo que -hoje em dia- pra se ser "legal", "descolado" e "moderno" é preciso ser homossexual, ou bissexual. Ou como está ficando no glossário 'politicamente correto': "sexo-diverso".
E isso é escroto pra caralho! Eu me sinto muito ofendido com esse povo que age como se ser 'homossexual' e ser 'gay' fosse a mesma coisa!

Ser gay tem muito mais implicações político-ideológicas que ser homossexual, mas o que vejo é um bando de gente sem-noção falando merda e fazendo apologia à coisas que sequer compreendem!

Vejam bem: sou homossexual, sim. Nunca tive problemas com isso (normalmente são os outros que tem problemas com minha sexualidade...), sou 'gay' até certo ponto - no tocante a certos padrões de comportamento, entonação vocal, na certeza que minha sexualidade é tão válida quanto qualquer outra por não oferecer quaisquer riscos reais à integridade física, psicológica e/ou moral de outrém.

Diferenças entre Gay e Homossexual

Mas realmente não sou "bichinha" (para classificar pessoas que usam sua homossexualidade, ou seu 'gayismo' para agredir, dissociar outras pessoas); embora eu falhe e por vezes emita opiniões un tanto preconceituosas [este post provavelmente será tomado por alguns como manifestação de preconceito]; e nem acho legal essa apologia que andam fazendo de "você precisa experimentar pra saber se é ou não".

Gente! Ou se sente real interesse sexo-afetivo por alguém do mesmo sexo ou não.
Mas pra ser "moderninho"? Que mentalidade vazia é essa??!
Pra que? Fala sério!!!!!!!

Quando eu tenho namorado -o que anda um tanto raro na minha vida ultimamente- eu demonstro todo meu carinho: me beijo na rua sim! (se ele permitir, já que não posso obrigar alguém a nada), mas não faço isso pra ser "rebelde", pra "chocar a sociedade".
Faço porque é MEU DIREITO, porque demonstração de afeto NÃO É CRIME. Porque se demonstrar afeto por outra pessoa fosse crime, héteros também não deveriam se beijar em público. E um homem não poderia bater foto com seu irmão, ou aquele amigo que às vezes parece mais seu irmão que o irmão-de-sangue.
Se as pessoas não puderem demonstrar seu afeto pelas outras, que bosta de mundo seria esse??

Quer se beijar na rua? Faça!
Mas pelos motivos certos, porque é seu direito. Não pra "forçar a aceitação". Isso já é idiotice cega e fanática.


Mesmo porque, quanto mais se bate em alguém, mais essa pessoa resistirá! Não se pode simplesmente impor que "de agora em diante" todos considerem a homossexualidade comum, corriqueira.
Embora muita documentação - tanto antiga quanto moderna - indique que isto sempre ocorreu nas sociedades com maior ou menor grau de aceitação, você somente "ganhará" uma pessoa à causa gay {que nada tem a ver com homossexualidade} fazendo-a questionar a tudo e a si própria.
Questionar onde realmente mora a problemática de um casal composto por pessoas do mesmo gênero sexual possam contrair matrimônio no civil.
Se são cidadões em todas as outras instâncias da existência sócio-política



Porque não podem usufruir dos outros direitos civis e/ou penais?

O mesmo pode ser observado da (auto)exploração que muitos adolescentes atualmente tem feito de sua própria imagem em redes sociais, publicando imagens que as apresentam mais como objeto que indivíduo:

Considero curioso pessoas que podem ter discursos contra e "coisificação da mulher"; mas postam auto-retratos que os coisificam. É como se falatasse coerência entre discurso e atitude.

E se o padrão for realmente este, isto é muito mal - péssimo em verdade! Pois padrões sócio-culturo-comportamentais espalham-se de forma exponencial, se não houver um contra-peso, algo que se possa usar como referência, o que nos aguarda daqui a algumas poucas décadas???


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

*"deus lhe ama de uma forma inimaginável"*


Bom dia!
(ao menos creio/espero que seja um bom dia...)

O título desta postagem foi a última frase dita por um teísta amigo meu (quando não estamos quase nos matando por nossas diferenças de visão de mundo, sim somos até bons amigos); que nem é tãããããããão teísta assim (um cara que bebe e fuma, não é exatamente a imagem de devoto que somos ensinados a compor em nossas mentes, não é mesmo? Mas deixando os detalhes de lado.

Falávamos sobre o "amor infinito de deus" e ele citava Irmã Dulce, Madre Tereza de Calcutá, e uma série de outras pessoas que agora não recordo-lhes os nomes; sempre frisando que estas pessoas eram a manifestação do amor de deus na terra.
Eu falava que só conseguia ver a boa e velha capacidade do Ser Humano em praticar o bem quando assim o deseja fazer. Que discordava que ele devesse creditar tudo a deus. Ele, claro, insistia.

Então propus o seguinte:
Eu--Deus é a origem de tudo que existe?
Ele--Sim, é ele.
Eu--Então Deus criou o Mal que assola o mundo.
Ele--Não!!! Quem criou o mal foi Satan quando se rebelou contra Deus.
EU--Ok.OK! MAS Deus criou Sammael e, sendo Oniciente, Onipotente e Onipresente; já sabia de ante -mão o que aconteceria. Na verdade ele criou-o, Sammael, para que ele se rebelasse!! É tudo obra de Deus, então o Mal também é de Deus. Mas não vejo ninguém dizendo "obrigado Deus por este atropelamento que sofri e me deixou aleijado pelo resto de meus dias". Na verdade vejo o OPOSTO!!!
Ele--Não. Tás entendendo errado. Deus faz essas coisas pra testar a fé das pessoas nele.
Eu--Ah-há!!!!!!! "Deus faz", tu disseste!! "Deus faz"! Viu??!! Ele É a causa de todo o mal que existe, então Satan é uma pobre vítima do sistema!
Ele--Pronto, já vai começar...

Nessa hora ele já tava se aborrecendo... Mas nesta noite em que isso ocorreu, eu não tinha interesse de brigar com ele, então larguei de mão.
Mas esta coisa do "amor inimaginável de  deus" por mim, ficou me incomodando, os dias seguiram, vi jornais, noticiários, o Bolsonário...
Bem, aí me ocorreram os seguintes questionamentos:


Se ele me ama assim, de um jeito inimaginável, porque tem tanta gente dizendo que ele vai me mandar pro inferno porque sou gay?
Porque se ele me ama, ele deve querer que eu seja feliz com minhas escolhas, com meu livre-arbítrio. Então, se ele me condena (como a maioria dos cristãos costuma dizer) porque eu ESCOLHI algo (e olha que tem coisas que nem são 'escolhas'), que ele desaprova, e por isso queimarei na danação eterna, ele realmente me ama e me quer feliz incondicionalmente??
Ou ele é fascista e, portanto, ele só me permitiria ser feliz com aquilo que ele manda??!
E se for apenas pelo que ele manda (obriga mediante coerção); pra que nos deu a capacidade de escolha? Pra ter uma desculpa pra nos castigar depois??
Mas será que apenas as consequências naturalmente advindas duma escolha mal feita já não são castigo suficiente?!?
Ele precisa mesmo ficar me torturando pela eternidade???!

Parando pra pensar nisso tudo, fica difícil crer no"amor inimaginável de deus".




*frankj costa*

sábado, 1 de setembro de 2012

Façam feio nas Eleições 2012(!)


Bem, o que vou colocar aqui poderá ofender alguns, fazer rir a outros e ser absolutamente insignificante e indiferente a outro tanto, mas vamos lá!


Hoje, randomicamente, eu escrevia palavras-chave no youtube, buscando algum vídeo interessante pra assistir ou memso downloadear... Lembrei de um filme chamado "Dias" e tentei encontrá-lo; bem não o achei, mas encontrei outro vídeo; destes enfadonhos e pestilentos vídeos que ocorrem em período eleitoreiro. O assisti porque era curtinho; de um candidato local (que não interessa a ninguém pois seria promoção indireta de tal candidato) e, ao longo do discurso ouvi a seguinte frase:
"...elejer (fulano) para câmara de vereadores, para fazer diferente (...) para dar opção (...)"

Antes de continuar, quero esclarecer que os (...) suprimem partes não-essenciais para o que quero falar; são trechos que - transcritos - fariam apologia ao partido do concorrente ao pleito, e isto seria fazer propaganda (e o pior, de graça!!!); poderiam reconhecer a legenda e candidato e isto não é interessante pro exercício que proporei.

O trecho acima contido entre ""; demonstra uma coisa que considero desconfortavelmente engraçada: todo candidato diz que -se eleito - fará a diferença; e o povo (em sua eterna síndrome de gado) acredita. Bem, estimadas formas humanóides auto-censcientes baseadas em carbono, isto (o candidato que fará a diferença) NÃO EXISTE!!!

Afirmo isso por uma questão muito simples que pode ser melhor explanada após a leitura do seguinte link:

Para os "witch hunters", que consideram a Veja uma manifestação de forças entrópicas contrárias à Ordem Natural do Universo (o que é uma bobagem que qualquer físico quântico poderá elucidar eficientemente), disponibilizo um link mais "neutro" e abrangente:

Ainda podem acessar este documento em meu servidor online:

Mas, abaixo, tentarei dar um resumo:
A Câmara Municipal é o Poder Legislativo da cidade. É o órgão público onde atuam os vereadores eleitos pelo povo, que têm como funções principais:
a) elaborar as leis;
b) fiscalizar os trabalhos do Poder Executivo (as ações do prefeito frente à administração do município) e sugerir ações e melhorias para a cidade.
A estruturação dos trabalhos na Câmara e o número de vereadores para cada município são previstos pela Constituição Federal e pela Lei Orgânica do Município – uma espécie de "Constituição Municipal". A cada eleição, o(a) vereador(a) cumpre um mandato de quatro anos.
Além das atividades legislativas oficiais, a Câmara exerce (ou deveria exercer) o papel de caixa de ressonância dos problemas da população.



Tendo isto em mente, volto ao início: o "candidato que fará a diferença" NÃO EXISTE!!!
Porquê??, você criança cética e esperançosa, me perguntará. Bem é este o raciocínio resposta:

O "candidato-salvador" consegue convencer gado suficiente para ser eleito, assume o mandato. Lindo!!! Mas e aí???

Ok. ele apresentará projetos de leis, proporá mudanças benéficas para a população; enfim fará seu trabalho como ele DEVE ser feito!! Magavilha!!
MAS... ELE NÃO ESTÁ SÓ!!!(pasmem.!.) para aprovar suas ideias e torná-las em lei ele precisa dos outros seus co-associados na câmara.
Ah... A sabedoria do Dito Popular que declara: "andorinha só não faz verão"...

Obviamente - considerando que a forma de fazer-se política no Brasil é nos moldes da "politicagem do toma-lá-dá-cá"; nosso intrépido salvador encontra-se forçado pelas ciscunstâncias a fazer 'concessões', 'acordos' e outras atitudes um tanto "questionáveis" para conseguir apoio para seus projetos e aprová-los, afinal "É PARA O BEM DO POVO QUE FAÇO ISSO!"

Estimados leitores, espero - sincera e profundamente, que ninguém resolva optar por ofender-se com minha postagem.
Mas caso alguém opte por tal caminho, somente posso lamentar por este indivíduo. Pois a mim, agradar-vos ou não é insignificante!

Agradeço a visita e os comentários (se houver...)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

RELIGIÕES E INTOLERÂNCIA: o texto antológico de Drauzio Varella


Intolerância religiosa

por DRAUZIO VARELLA

Publicado originalmente na Folha de S.Paulo em 21.04.2012

SOU ATEU e mereço o mesmo respeito que tenho pelos religiosos.

A humanidade inteira segue uma religião ou crê em algum ser ou fenômeno transcendental que dê sentido à existência. Os que não sentem necessidade de teorias para explicar a que viemos e para onde iremos são tão poucos que parecem extraterrestres.
Dono de um cérebro com capacidade de processamento de dados incomparável na escala animal, ao que tudo indica só o homem faz conjecturas sobre o destino depois da morte. A possibilidade de que a última batida do coração decrete o fim do espetáculo é aterradora. Do medo e do inconformismo gerado por ela, nasce a tendência a acreditar que somos eternos, caso único entre os seres vivos.
Todos os povos que deixaram registros manifestaram a crença de que sobreviveriam à decomposição de seus corpos. Para atender esse desejo, o imaginário humano criou uma infinidade de deuses e paraísos celestiais. Jamais faltaram, entretanto, mulheres e homens avessos a interferências mágicas em assuntos terrenos. Perseguidos e assassinados no passado, para eles a vida eterna não faz sentido.
Não se trata de opção ideológica: o ateu não acredita simplesmente porque não consegue. O mesmo mecanismo intelectual que leva alguém a crer leva outro a desacreditar.
Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias.
Que sentido tem para um protestante a reverência que o hindu faz diante da estátua de uma vaca dourada? Ou a oração do muçulmano voltado para Meca? Ou o espírita que afirma ser a reencarnação de Alexandre, o Grande? Para hindus, muçulmanos e espíritas esse cristão não seria ateu?
Na realidade, a religião do próximo não passa de um amontoado de falsidades e superstições. Não é o que pensa o evangélico na encruzilhada quando vê as velas e o galo preto? Ou o judeu quando encontra um católico ajoelhado aos pés da virgem imaculada que teria dado à luz ao filho do Senhor? Ou o politeísta ao ouvir que não há milhares, mas um único Deus?
Quantas tragédias foram desencadeadas pela intolerância dos que não admitem princípios religiosos diferentes dos seus? Quantos acusados de hereges ou infiéis perderam a vida?
O ateu desperta a ira dos fanáticos, porque aceitá-lo como ser pensante obriga-os a questionar suas próprias convicções. Não é outra a razão que os fez apropriar-se indevidamente das melhores qualidades humanas e atribuir as demais às tentações do Diabo. Generosidade, solidariedade, compaixão e amor ao próximo constituem reserva de mercado dos tementes a Deus, embora em nome Dele sejam cometidas as piores atrocidades.
Os pastores milagreiros da TV que tomam dinheiro dos pobres são tolerados porque o fazem em nome de Cristo. O menino que explode com a bomba no supermercado desperta admiração entre seus pares porque obedeceria aos desígnios do Profeta. Fossem ateus, seriam considerados mensageiros de Satanás.
Ajudamos um estranho caído na rua, damos gorjetas em restaurantes aos quais nunca voltaremos e fazemos doações para crianças desconhecidas, não para agradar a Deus, mas porque cooperação mútua e altruísmo recíproco fazem parte do repertório comportamental não apenas do homem, mas de gorilas, hienas, leoas, formigas e muitos outros, como demonstraram os etologistas.
O fervor religioso é uma arma assustadora, sempre disposta a disparar contra os que pensam de modo diverso. Em vez de unir, ele divide a sociedade - quando não semeia o ódio que leva às perseguições e aos massacres.
Para o crente, os ateus são desprezíveis, desprovidos de princípios morais, materialistas, incapazes de um gesto de compaixão, preconceito que explica por que tantos fingem crer no que julgam absurdo.
Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que a mim pareçam. Se a religião ajuda uma pessoa a enfrentar suas contradições existenciais, seja bem-vinda, desde que não a torne intolerante, autoritária ou violenta.
Quanto aos religiosos, leitor, não os considero iluminados nem crédulos, superiores ou inferiores, os anos me ensinaram a julgar os homens por suas ações, não pelas convicções que apregoam.


*frankj costa*

sábado, 28 de abril de 2012

DO PORQUE VOCÊ VOTA EM QUEM VOTA?

Eleições chegando e mais uma vez seremos obrigados a aturar todas as falácias de nosso "excelsos" candidatos; ok! Sei que alguns ainda são "flor que se cheire", mas a que preço??

Existe uma coisa que sempre me incomodou desde que acordei para a vida e comecei a questionar as coisas:

PORQUE O VOTO NO BRASIL É OBRIGATÓRIO?!


Sério gente: em uma "democracia livre", porque o cidadão é coagido a comparecer às urnas a cada pleito? Inclusive sofrendo punições caso "exerça seu direito" a não-votar??

9 - O que acontece se eu não votar e não justificar a minha ausência?
O eleitor que não votar nem justificar sua ausência nos prazos determinados pela Justiça Eleitoral incorrerá em multa imposta pelo Juiz Eleitoral. Sem a prova de que votou, pagou multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor inscrever-se em concurso público, obter passaporte ou carteira de identidade, renovar matrícula em estabelecimentos de ensino oficial, obter empréstimos em estabelecimentos de crédito mantidos pelo governo, participar de concorrência e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda. Se o eleitor deixar de votar em três eleições consecutivas, seu título será cancelado.


Agora vejamos: SE eu - cidadão brasileiro pagador de impostos (portanto sustentáculo do Judiciário, Legislativo e Executivo), resolver que todos os candidatos ao cargo eletivo no presente pleito NÃO SÃO merecedores de minha escolha, NEM DIGNOS de gerenciar a Nação; ou que as plataformas de campanha dos partidos não são suficientemente esclarecidas e convincentes quanto ao projeto de resolução dos problemas do país. E então, optar por não desperdiçar meu tempo indo ao local de votação e nem 'justificar' meu "pecado" político, não poderei mais usufruir dos bens e serviços públicos???? Me tornarei um indigente???
Se funcionário público eu for, passarei fome??



...II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subseqüente ao da eleição;...


Que raio de liberdade democrática (ou seria demagógica??) é esta em que vivemos???
Então, se nenhuma das opções me apetecer, mas eu ainda assim ter que escolher - sou analfabeto político se voto nulo, ou em branco?? - ou devo seguir a filosofia idiotizante do "menos pior"??


Muitos nos querem convencer que votar assim - NULO - é jogar fora nosso exercício de cidadania, que fazendo isto, não se poderia reclamar da situação atual do País. Então votar nulo NÃO É PROTESTO, mas VOTAR NO TIRIRICA É??




Estas São apenas algumas das proposições que faço. Mas eis que encontro na web um texto que transcreverei abaixo que serve perfeitamente para exemplificar o que o que digo:



(i)Por que o voto é obrigatório no Brasil?
A resposta a esse questionamento parece simples: todos temos a obrigação de votar, porque a Lei (CF/88, art. 14, § 1º.) exige e pune quem a descumprir. Então a questão deveria ser reformulada: por que fazer leis obrigando o cidadão a votar? 
De antemão, devemos lembrar que a Constituição Federal foi elaborada por políticos (deputados e senadores), através da Assembléia Nacional Constituinte. Portanto, foram eles que imprimiram na Carta Maior a “imposição” do voto. Isso configura “legislação em causa própria”, pois tais políticos sabiam que o voto facultativo no Brasil não daria certo. Seria ínfimo o número de eleitores “voluntários”. Conseqüentemente, a ausência de votantes exigiria a implantação de um novo sistema eleitoral. A propósito, fala-se muito da arrogância e do monopólio americano (e concordo com isso). Entretanto, os Estados Unidos adotam o sistema do voto facultativo. Ainda assim, a população em massa vai exercer sua cidadania. Ademais, os eleitores daquele país se envolvem nas campanhas dos candidatos, participam de prévias e convenções dos partidos.
Logo, a tese de que o voto facultativo desestimula o comparecimento às urnas é infundada. Aliás, uma pesquisa comprovaria que os brasileiros votam desmotivados, justamente porque são obrigados a tal sacrifício. Exercem o dever e não o direito.

(ii)A saga das urnas eletrônicas
“Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha; porque o remendo novo tira parte da roupa velha, e fica maior a rotura”. (Marcos, 2.21)
Há uma propaganda maciça de que o sistema de urna eletrônica é bastante moderno e praticamente infalível.
Entretanto, estão colocando remendo novo em tecido velho. Isto é, o que adianta ter um sistema tão avançado atuando num contexto extremamente atrasado? Para que fazer uso de tecnologia de ponta, quando as mentes e a educação dos que comandam esse sistema não progridem?
“Ontem, fui exercer meu “direito obrigatório” de cidadão. No entanto, permaneci quase uma hora na fila. Motivo: urnas com defeito na minha seção.
A primeira estava em boas condições. Mas, aproximadamente uma hora e meia depois, parou de funcionar. A partir daí, iniciou-se uma saga de urnas quebradas, que iam e vinham. No total foram 8 (isso mesmo, oito, VIII, eight, ocho, huit, ********) urnas que não serviam para nada.
Houve protesto na fila – obviamente. Formou-se tumulto. Mesários foram ameaçados e quase agredidos fisicamente. A polícia apareceu; a imprensa também.
Ao perceber que não tinha alternativa, o TRE decidiu, quase 6 horas depois, que o voto seria manual, ou seja, por meio do papel.
Não vimos técnicos em informática aparecerem para verificar se o defeito era realmente nas urnas. Não testemunhamos a presença de eletricistas para observarem se o problema era na fiação elétrica da sala. O TRE decidiu muito tarde substituir as urnas pelas cédulas. Foram muitos os remendos velhos costurados sobre o tecido novo do sistema de votação tido como o mais avançado do mundo.
Indubitavelmente, se eu não tivesse a obrigação de votar, deixaria aquela fila na primeira meia hora. Não iria estragar meu domingo. Atitude que a maioria daqueles eleitores também tomaria.
Getúlio Vargas, o déspota que se disse pai dos pobres, se travestiu de democrata e se matou pretendendo ser herói, permanece o principal fantasma a habitar a política brasileira. Mas com o fim da ditadura militar ele ganhou uma nova companhia, a do voto obrigatório.
De disfarce à tirania o voto obrigatório passou a ser sinônimo de garantias democráticas e por isso defendido pela maioria dos parlamentares.
Mas o voto obrigatório é mais do que "apenas" parte do ritual eleitoral. Ele é uma forma de aprisionar a liberdade do sujeito dirigido cada vez mais pelo espetáculo midiático que a televisão proporciona diariamente em nossas casas através de uma lei que obriga a transmissão de programas eleitorais.
É outra medida obrigatória do nosso regime democrático em nome da educação política mas que funciona apenas para as TVs abertas poupando os assinantes de TV a cabo.
Ela é destinada ao cidadão mediano, com escassos recursos materiais e prisioneiro preferencial das telerrealidades criadas diariamente para entretê-lo.
A democracia, não só no Brasil, transformou-se em ritual eleitoral eletrônico que funciona associando educação política à eleição. Quando muito, instrui as pessoas a formarem grupos que aceitem a participação dentro do esquema das reivindicações seletivas organizadas pelos governos.
Hoje em dia elas são orientadas pelo princípio das sondagens eletrônicas que pretendem garantir a continuidade dos partidos ou das alianças políticas. As pessoas permanecem educadas para acreditar nos governos e a democracia se transformou num regime midiático, de respostas imediatas, que prioriza as pressões que possam ser transformadas em apoio político.
Com a midiatização da política, daqui para frente, seja com a continuidade do voto obrigatório ou com o regresso do voto facultativo, os governantes esperam irrisórias alterações significativas, mantendo sua eficiente educação que faz jovens e adultos acreditarem que votam livremente, mesmo quando coagidos.
Hoje em dia não se admite a sublevação contra a opinião pública. Isto seria considerado um crime!
Estamos no tempo da ditadura da opinião pública organizada pelas mídias. Um tempo em que os tiranos se apresentam como democratas juramentados como sempre em nome do povo, dos miseráveis, dos pobres, dos carentes, oprimidos ou excluídos.
Não há mais o perigo da ditadura da opinião pública, da ditadura da maioria; hoje ela é governo.
E você aí, por quê vai votar?

*frankj costa*





domingo, 1 de abril de 2012

Tudo mentira

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Aristóteles (384-322 a.C), o pensador grego, só aceitava duas maneiras de mentir: diminuindo ou aumentando uma verdade. O teólogo Santo Agostinho, no século IV, resolveu complicar o assunto descrevendo seis tipos diferentes de mentira: a que prejudica alguém, mas é útil a outro; a que prejudica sem beneficiar ninguém; a que se comete pelo prazer de mentir; a que se conta para divertir alguém; a que leva ao erro religioso; e. finalmente, a que ele considerava a "boa" mentira, que salva a vida de uma pessoa. Para as modernas ciências do comportamento, porém seja qual for a história falsa, a realidade é uma só: mentira é aquilo que se queria que fosse verdade.
O ato de mentir, contudo, é menos ou mais tolerado conforme os valores de cada povo e cada época. E até numa mesma sociedade podem coexistir graus diferentes de aceitação (ou repúdio) da mentira, de acordo com as expectativas que cada grupo social pode ter em relação aos demais. Os povos antigos, de maneira geral, condenavam a mentira, mas podiam mudar de ideia a partir do contato com outras culturas. Por exemplo, os povos da velha Índia tinham o preceito de só mentir para salvar um hóspede. No mais, os budistas pregavam que mentir equivalia a matar dez homens. Em tempos recentes, com a chegada dos colonizadores ingleses, a mentira passou a ser aceita com naturalidade pelos indianos, que a ela recorriam até para salvar a própria pele.
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Quando os animais mentem
A mentira, na natureza, é uma arma de sobrevivência. Muitas vezes, na luta contra o predador, a presa só tem chance de escapar se souber mentir bem. E o caso dos camaleões, que, graças à pigmentação especial da pele, se confundem com o ambiente. Ou de certos caranguejos, que vivem com a carapaça coberta por algas ou esponjas. Os insetos são especialistas em se fingir de cortiça ou de gravetos no tronco de árvores. Essas e muitas outras formas de mentira atendem por um único e verdadeiro nome científito - mimetismo.
O fenômeno foi estudado pela primeira vez pelo naturalista inglês Henry Walter Bates (1825-1892), que observou o comportamento das borboletas no vale do rio Amazonas. Ele descobriu uma família de borboletas que conseguia escapar dos pássaros tornando-se parecida na forma e na cor com outra família. cujo sabor não agradava às aves. As borboletas apetitosas tratavam de voar misturadas às outras. Hoje se sabe que os animais memorizam certos padrões de aparência quando associam determinada presa a um gosto nauseante ou à dor. Portanto, mentiroso competente é aquele que consegue assumir uma aparência pouco atrativa para o predador.
Existem, porém, casos de automimetismo: animais que imitam outros da própria espécie. Os zangões, por exemplo, quando estão prestes a ser atacados, voam e zumbem como abelhas, que, como bem sabem os atacantes, têm ferrões para se defender-se a mentira pega, os zangões se salvam. Nem sempre, contudo, é a presa o mentiroso. Isso acontece no caso clássico do lobo em pele de cordeiro, ou seja, o animal que finge ser manso, se aproxima calmamente de outro com ar de quem não quer nada e sai ganhando uma refeição.


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Para ler tudo: Tudo Mentira

quinta-feira, 29 de março de 2012

Almas 'homossexuais'?

"A doutrina espírita traz a premissa de que somos seres eternos em múltiplas vivências, reafirmando a fé na reencarnação. Livros supostamente ditados por espíritos tentam confirmar essa ideia em romances que procuram dar sentido aos diversos conflitos e sentimentos humanos. A homossexualidade, embora tratada com reticências por alguns espíritas, tem surgido com maior frequência nessas publicações, trazendo abordagens positivas e tranquilizadoras para quem percebe essa orientação sexual. Vejam alguns títulos já publicados no Brasil."
Leia o resto aqui.


Primeiramente, quero esclarecer que não vejo sentido algum em debater a existência ou não da alma. Tenho minha opinião formada com base no cientificismo e não pretendo mudar a opinião ou crença de quem quer se seja; outrossim, objetivo refletir sobre algumas coisas - existentes nas entrelinhas do trecho acima - que me incomodam de maneira profunda:

Durante decênios as religiões pregaram que a “prática do homossexualismo” era um “pecado mortal” e que por conta deste mesmo pecado ‘Deus’ (todo AMOR, COMPREENSÃO, BONDADE E JUSTIÇA) destruíra duas cidades inteiras (Sodoma e Gomorra). Embora atualmente alguns teólogos questionem que tenha sido pela suposta ‘homossexualidade’ de seus cidadãos que ambas tenham sido levadas a cabo por Iaveh; mas o mito permanece e nele se pautam inúmeras denominações cristãs.
Então, passadas estas décadas, começaram a (res)surgir os homossexuais, primeiramente ocultos em guetos como Stonewall [nome que pode ser traduzido como “muralha” – ironicamente apropriado]; mas eram perseguidos, acuados, achincalhados por divergirem do “correto” que era representado pela maioria da sociedade da época. Mas Stonewall é apenas o mais conhecido evento de nossa sociedade ‘moderna’, existiram outros.

Agora me deparei com esta postagem – que me foi sugerida por email por um amigo com o seguinte texto “agora já podes parar de cavar buraco de avestruz e procurar chifre em cabeça de cavalo: as religiões tão mudando e começando a aceitar os gays”. Li a postagem inteira e me dei conta que já tinha “ouvido” aquelas palavras de ‘inclusão’ de ‘conforto’ em outros lugares e revi meus guardados em busca destes arquivos; alguns ainda estavam online, outros não; e alguns encontrei pela primeira vez; abaixo poderão ver trechos com seus respectivos links:


1-     “... Impossível não fazer outra associação à Idade Média, período em que a Igreja Católica privava a sociedade de adquirir conhecimento. Não é à toa que esse período ficou conhecido como Idade das Trevas... Trevas que estão pairando novamente sobre nossa sociedade, sobre nossos parlamentos, pelas mesmas vias, ou seja, pela própria igreja, quer católica, quer protestante. Quanto mais as pessoas afundam-se na religiosidade, mais se afastam dos princípios cristãos de amor ao próximo, é impressionante!...” in: myriam rios e as 8 asneiras.


Neste artigo vemos (pois há um link para o vídeo) uma representante do Povo declarar em auto e bom som que ela {enquanto cristã, pregando o AMOR E A TOLERÂNCIA} que quer ter o DIREITO de DEMITIR alguém apenas pelo fato de este alguém não gostar da mesma ‘fruta’ que ela – no caso de lésbicas, ou por gostar da mesma que ela – no caso de gays

2-       “É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homo-afetivos.
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”...)...”
(OBS: o texto aponta para o link original, mas este foi removido do site) in: Os Gays ea Bíblia
Neste podemos ver que já existe um raciocínio voltado para a “inclusão” de homossexuais em comunidades religiosas. Mas me pergunto por que o texto foi removido do site original...?

3-      “...De acordo com historiadores, a posição religiosa em relação à homossexualidade mudou ao longo dos séculos: de mais tolerante para menos. O americano John Boswell, pesquisador da Universidade Yale que morreu de Aids- aos 47 anos em 1994 e que dedicou a vida acadêmica a investigar a homossexualidade relacionada ao cristianismo, afirmava que a Igreja Católica não condenou as relações entre o mesmo sexo até o século XII. Ao contrário: o historiador, contestado por alguns e aclamado por outros, revelou no livro O Casamento entre Semelhantes – Uniões entre pessoas do mesmo sexo na Europa pré-moderna (1994) a existência de manuscritos que comprovam a celebração de rituais matrimoniais religiosos durante toda a Idade Média por sacerdotes católicos e ortodoxos para consagrar uniões homossexuais....” in: Ser gay é pecado?

Aqui temos um apanhado mais ‘científico’ sobre o posicionamento de instituições religiosas frente à existência da homossexualidade.
Mas aqui também começa meu incômodo: parece que “ser gay”, “ser anti-gay” ou “ser pró-gay” é mais importante que ser “pró-humanidade”. Vejam só, de repente as religiões começam a buscar uma integração do homossexual com a Igreja. Parece modismo; quer dizer, é como se hoje em dia fosse moda você “ser gay”; “ser anti-gay” ou “ser pró-gay” (a repetição é intencional, ok puristas da língua?). Isso parece com um texto de uma entrevista do lula.

4-       "... uma coisa que me cala profundamente: porque que os políticos que são contra, não recusam o voto deles [os homossexuais]. Porque o Estado Brasileiro não recusa o Imposto de Renda que eles pagam? Bem, nós precisamos tratar a todos sem nenhuma discriminação. A vida que cada pessoa leva dentro de sua própria casa; o parceiro que cada pessoa quer ter, sendo homem ou mulher... O que é importante é que eles sejam cidadãos brasileiros, que respeitem a Constituição." In: Lula defende ocasamento gay
Como se pode ver no vídeo Lula estava a favor da união entre homossexuais; Dilma prometeu dar continuidade aos ideais de Lula; mas o que aconteceu? Ela vetou o chamado “kit gay” (...O kit educativo, que faz parte do projeto “Escola sem Homofobia”, foi avaliado pelo Conselho Federal de Psicologia, pela Unesco e pelo Unaids, e teve parecer favorável das três instituições. Mesmo assim, a presidenta classificou o material como inadequado...). Clique no link para ler o resto da matéria.

Quer dizer que nossa presidente e nossos legisladores são mais competentes para avaliar o impacto destes vídeos que o CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA???? Nem quero me bater com os técnicos das outras instituições citadas

Podem ver os vídeos por si nos links abaixo:




Passado este perrengue, volto a afirmar: a moda agora é o “gaysismo”, onde o que importa é sua postura, se você é “ser gay”; “ser anti-gay” ou “ser pró-gay”.

Mas e pro HUMANO? Para o SER HUMANO??? Nada?!

Percebo agora as religiões assoprarem depois de tanto bater; posso perceber isto em textos como este: “ONU aprova resolução contra a violação dos direitos humanosde LGBTs”.

Por favor!!! Quer dizer que é mesmo necessária uma resolução específica???
Percebo certa segregação nesta atitude; como se o homossexual só pudesse ser considerado cidadão – HUMANO – por uma instrução, uma instrumentação jurídica, como se antes disso ele fosse uma ‘coisa’ um objeto de menor importância e valor.

Agora podem questionar: Mas ele não falava de religiões? Porque agora tá citando a ONU??

Porque depois da OMS, da ONU, o CFP, uma série de outras instituições laico-científicas; foi a vez de a religião rever seus conceitos.

E ela não fez isso porque sentia que 'talvez' pudesse estar errada em sua visão-de-mundo, fez isso porque – salvo algumas denominações e seus fiéis – a maioria de nós sabe que não estamos mais na Idade Média: que a Igreja não é mais e detentora da Verdade Absoluta, que as pessoas podem questionar as coisas como estão em busca de uma melhor compreensão do mundo que nos cerca, de nós próprios e do outro.

Assim, surgem ‘relatos’ de coisas assim:

a-      O padre católico Érico Hammes, doutor em Teologia e professor da Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS), afirma que o crescimento da ala gay nas religiões é um fenômeno já detectado pela Igreja Católica – e provoca um debate entre teólogos sobre como lidar com a homossexualidade dos fiéis, embora uma mudança de postura oficial por parte do Vaticano ainda seja pouco provável...”. in : Há um debate dentro da igreja

b-      “Depende do que as pessoas encaram como verdadeira Igreja, creio que muitos que irão ler este blog já passaram pela Igreja Batista, Metodista, Presbiteriana… São Igrejas antigas, Os Batistas e Presbiterianos então! Conhecidos por levar a Bíblia a sério, sem rodeios.
Também não se pode esquecer as raízes como a Igreja Luterana e a Igreja Anglicana, ambas surgiram após a reforma protestante e tem cerca de 500 anos…
Agora, o que os líderes evangélicos querem esconder de você! Sabe porquê? Homofobia!...”. in: “Verdadeiras Igrejas são contra a homossexualidade” – Mito!

Assim, podemos verificar que as pessoas estão averiguando, questionado, pensando acerca destas barbáries primitivas que se disfarçam de crença e fé, que se escondem na sombra do nome de ‘”DEUS”’ para continuar sua marcha de morte e destruição, sem motivo algum além do próprio nefasto desejo de matar, de sobrepujar o outro e pô-lo sob seu jugo.

Nesta mesma baila, ocorre – no melhor estilo ‘Stonewall’ – uma grande modificação de paradigmas quando pessoas que antes defendiam estes dogmas sectários como se fossem realidade imutável, percebem que as coisas não são tão nítidas {tão preto-no-branco} assim:

5-       “...As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez...”. in Pastoras lésbicas querem fazer'evangelização' na Parada Gay de SP

6-      “...“Haverá cultos de ensino bíblico para mostrar às pessoas que Deus não é aquele monstro que as igrejas pregam”, disse ao G1 o pastor, que atuará junto com a pastora Vanessa Pereira, de 27 anos. "Quem impôs a condição de pecado foi o homem e não Deus, porque em nenhum momento a Bíblia condena o homossexualismo. O que há é algumas traduções errôneas e o entendimento errado e manipulado da Palavra", acrescentou...”. in Expulso por ser gay, pastor cria igreja voltada ahomossexuais no RS

7-      Casal de pastores gays funda novaigreja cristã

Neste momento um grupo de religiosos, pessoas com certa erudição – creio – estão questionando a imagem que vem sendo apresentada de “Deus” pelas religiões vigentes; é um movimento sem volta, em sentido único, mas o que de positivo estes movimentos cristão e o espírita que dá título e encabeça esta postagem podem trazer a nós, meros e falíveis mortais??

Em minha sincera opinião, antes de mais nada, isso é um “MEA CULPA” por parte dos religiosos muito interessante de ser observado; pois revela que, ao pensarem, este ‘homens de deus’ percebem que o que vinham dizendo a tanto tempo pode ser um grande – imenso – conjunto de crendices, mitos, tão confiáveis quanto as antigas religiões de gregos, celtas e inuits.
Em um segundo momento pode-se perceber que existem pessoas com pensamento crítico desenvolvido que o utilizam em busca de uma maior compreensão deste fenômeno que é a “irracionalização pela fé”: quando uma pessoa deixa de ser um ente humano para tornar-se uma espécie de máquina de repetição, que apenas reproduz um modelo de comportamento sem jamais parar para avaliar que sentido há em suas ações.

Mas não pensem que estou apenas falando das flores {considerando que em algum momento pensaram isto}; sei que estas parvas luzes ainda precisam enfrentar uma grande tempestade que está se formando no horizonte.
Uma tempestade que já ribomba seus trovões a quem quiser prestar-lhes atenção.
Nossa Nação ainda é muito jovem se comparada com outras da Europa, e sabemos que está ainda em sua ‘meia idade’; meu medo é que nosso povo feche seus olhos e permita que esta meia-idade se transforme em uma nova Idade Média; pois então teríamos sérios – seríssimos – problemas em tudo e com tudo!

Seus sinais são claros, na medida exata que ninguém defende a verdadeira laicidade do Estado e permitem que coisas abusivas como estas ocorram:


E para que também não me acusem de sectarismo em favor dos homossexuais (ou contra, não sei como vocês poderão entender meu texto), quero concluir com algumas pequenas ponderações:
Sou ateu.
Sou humano
Sou cientificista
Sou homossexual.
Sou cidadão brasileiro.

E quero dizer que, qualquer coisa que se apregoe como verdade indiscutível é, no mínimo, suspeita “toda unanimidade é burra!” (Nelson Rodrigues).
E como posso confiar em qualquer religião considerando tudo o que expus acima e somo a estes dois:

Vejo gente morta, que nos quer matar a todos, nos quer iguais!
Não porque seja o melhor, ou certo; mas porque assim é mais fácil nos controlar, mentir e matar!
E sua nova e mais recente tática é a aceitação - tácita e taciturna - dos "diferentes" em seu seio religioso e quando estes baixarem sua guarda, aqueles iniciam seu trabalho de amoldamento; para que deixemos de sermos humanos e sejamos apenas coisas!

Para encerramento, quero dizer que a maioria dos links desta postagem aponta para sites oficiais de imprensa, busquei manter este padrão por me preocupar com a 'idoneidade' da informação apresentada.


Agradeço aos que lerem (tudo, incluso os links) e 
aos pouco que talvez comentem!





terça-feira, 13 de março de 2012

Passe adiante!

Recebi por email, mas merece - sem dúvida alguma - figurar em meu blog; por favor, leiam, copiem e publiquem por aí!
 
ÉDUCASSÃO...
 

A Evolução da Educação:  
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia... Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...
 

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:


Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80.
Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber
ainda mais moedas.
A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.

Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?


2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?


3. Ensino de matemática em 1980: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?


4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00


5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00..
Está certo?
(  )SIM (  ) NÃO


6. Ensino de matemática em 2010:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
 
Se você
souber ler , coloque um X no R$ 20,00.
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00


7. Em 2011 ...:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
 
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(
Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder pois é proibido reprová-los).
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00



E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança. 
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado).
- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:  
Todo mundo está 'pensando'
em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que se 'pensará'
em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Precisamos começar JÁ!


Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!