sexta-feira, 13 de outubro de 2023

"Nem todo olho fechado está dormindo, e nem todo olho aberto, consegue ver."

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O áudio diz:
```"Por um ponto de vista, você tem uma determinada impressão. Se você muda a perspectiva, tem uma impressão diferente. Mas apenas quando você olha a cena inteira você entende o que está acontecendo"```
{Tradução livre)

No audiovisual, temos um profissional chamado "diretor de edição" e outro chamado "diretor de fotografia"; ambos trabalham juntamente com o diretor geral, com o objetivo de nos passar sua própria perspectiva da história que está sendo exibida. Na fotografia (analógica ou digital) somos engolfados pela visão do fotógrafo/autor, que faz um recorte específico da realidade, com a intenção de induzir em nós uma (ou um conjunto de) reação ao estímulo visual apresentado no fotograma, algo similar na pintura e em outras artes também: o enfoque.
Um fenômeno de decupagem da realidade, que nos captura na estreita janela pela qual o autor observa o mundo a sua volta. Na escrita acadêmica ocorre algo muito similar.
Tendo isso em mente, creio ser fácil perceber como é necessário ceticismo e criticismo ao entramos em contato com qualquer narrativa, e buscarmos sempre uma visão mais abrangente do cenário e circunstâncias, tanto para buscar uma verdadeira compreensão do que nos rodeia, quanto para nós defendermos de manipulações midiáticas. Afinal: "Nem todo olho fechado está dormindo, e nem todo olho aberto, consegue ver." (Gautama, Sidarta)