segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O "Mea Culpa" que não veio, OU: Como a Igreja quer que os Sexualdiversos se fodam!

Muito especulou-se sobre o sínodo que houve no vaticano.


Dentre muitos dos temas tratados, me apegarei a um especificamente: o “aceite” (por parte da 'Santa Igreja') da Comunidade Sexodivergente (homossexuais [masculinos e femininos]; bissexuais; assexuais; transgêneros e outros); a veiculação duma notícia que apontava para uma possível modernização da visão da Igreja para com este grupo social gerou uma enorme expectativa nas pessoas e acendeu uma esperança na alma de vários Sexualdivergentes que buscam sentirem-se amparados pela instituição religiosa para a qual devotam fé (e, claro, DINHEIRO).
Quando li a versão em língua portuguesa do documento (a atual aqui) logo notei uma série de armadilhas argumentativas (aqueles momentos em que se fala MUITO mas diz-se POUCO). E, como pode-se ver na redação final do documento, nada nesse sentido ocorreu, apesar de ter sido levado à pauta por um brasileiro.

Contudo; tolos foram os que esperaram remanticamente que a Igreja se dobrasse e reconhecesse o crime de assédio moral que esta perpetra contra os Sexodivergentes.

Afinal, apesar dos fatos, João Paulo II “perdiu perdão” apenas pelo massacre dos judeus, todavia não se vê declaração semelhante para os demais grupos que foram brutalmente chacinados pelo Reich e por seus aliados. O Bento XVI também não. Mas os registros históricos demonstram inequivocamente que em paralelo ao holocauto judeu, houve o Holocausto Gay, o Holocausto Negro, mesmo fora das fronteiras alemãs. Mas, para estes, nenhum “mea culpa”, sequer um reles “"foi mal ae, bicho"”.
Negros ganharam “pastorais” e outras ações compensatórias. Mas os Sexodivergentes nada! Talvez encontrem as genéricas "Pastorais da Diversidade" [caso existam notícias atualizadas sobre alguma]; mas isso não passa de maquiagem; uma leitura mais atenta de suas proposições e uma análise profunda demonstra que elas não representam uma verdadeira assunção de responsabilidade; em verdade são um pouco mais que um “cala boca”, visando funcionar como placebo para os Sexodivergentes que ainda se congregam sob a égide da Santa Madre Igreja Romana.
Já suas contra-partes, a Igreja Cristã Ortodoxa. Assim como a imensa MAIORIA, senão todas, as dissidências Evangelistas tem formada sua clara posição sobre a Sexualdivergência (inclusive com insinuações dela ser essencialmente branca/européia)
Bem verdade que houveram, durante a formação da atual Igreja e suas ramificações/dissidências variados níveis de tolerância/entendimento da Sexualdivergência; bem como seitas que defendiam o prazer sexual entre iguais, como aparentemente os carpocracianos faziam(Seita liderada por Carpócrates, acusada do exato oposto ao extremo celibato: pura libertinagem. Os Carpocracianos acreditavam na reencarnação, e o bispo Ireneu de Lyon disse que os membros do grupo eram encorajados a experimentar tudo o que há na vida para que não tivessem que reencarnar e fazer o que ainda não tivessem feito, o que inclui a imoralidade.
Irineu podia estar exagerando, mas Carpocracianos de fato se orgulhavam de ser acima de todas as leis morais, e transcender convenções humanas. A notoriedade da seita reacendeu no século 20 com a descoberta do Evangelho Secreto de Marcos, uma versão mais espiritual do Evangelho canônico de Marcos. Clemente de Alexandria acusou os Carpocracianos de falsificá-lo para apoiar a sua libertinagem. O Evangelho Secreto incluía uma cena em que um Jesus nu dava instruções a outro homem nu, e esta sugestão de um encontro homossexual foi usada pelos Carpocracianos para justificar um estilo de vida gay em uma sociedade muito menos tolerante do que a nossa é.
)

Certo é que existem -na atualidade- ações no sentido de modificar este cenário de invisibilidade que os Sexodivergentes vêm sofrendo.
Assim como podemos encontrar iniciativas de ruptura com a Tradição Estabelecida, buscando apoiar espiritualmente a comunidade sexualdivergente e fazer toda uma reinterpretação das supostas “escrituras sagradas”.

Mas, das Tradicionais? Tolice esperar uma evolução deste porte!
Se você sente a real necessidade de professar uma religião (e consequentemente sustentar uma instituição), conheça algumas das ditas “Igrejas Inclusivas”; ou vá em busca de alguma direcionada para o público sexualdivergente.
Ou mesmo FUNDE UMA SUA PRÓPRIA!!!
Você também pode migrar pra alguma religião de matriz africana que aparentam maior aceitação e tolerância. Embora a “Mãe África” não ande muito 'mãe' estes últimos tempos 1, 2 e 3.


Aqui deixo o Hino das Bichas do Terceiro Mundo.