sábado, 8 de outubro de 2011

O pastor me tocou: quando autoridade e religião escondem impunidade

Depoimento de um membro da LiHS que pediu anonimato.

"...Naquela época, embora nos classificássemos como católicos, eu vivia pulando entre sessões espíritas às sextas, Seicho-No-Ie às quartas e as missas do domingo. Acho que mamãe encarou aquilo como mais uma experiência. Eu nunca entendi por que era tão difícil encontrar a paz interior pra todo aquele povo de casa...."
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"...Outra coisa que eu adorava fazer era queimar tudo o que não era santo. Eu sempre fui louco por fogo e agora possuía um motivo. Queimar tudo aquilo que desagradava a Jesus. Eu queimei meu fofão, um boneco do Baby da Família Dinossauro, uma Bíblia católica, uma foto de Iemanjá, dentre outras coisas. Eu convidava meus amigos de rua pra ouvirem eu falar da Bíblia, e esfregava Êxodo 20 na cara dos meus amiguinhos católicos, dizendo a eles que queimariam no inferno por adorar imagens. Estava na moda ser evangélico, e eu adorava a moda do momento...."
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"...Depois de um tempo o pastor C se aproximou e me deu um beijo na boca, como um selinho. Eu não entendia aquilo como um abuso, apenas como uma benção, carinho ou sei lá o quê. Ele era o pastor e todos me ensinavam a acreditar na autoridade dele. Os beijos se repetiram, e ele também acariciou meu pênis e peito. Fiquei assustado, calado, mas não achava naquilo nada de errado, pra mim ele sabia o que fazia e tudo aquilo era inspirado, de alguma forma, pelo Espírito Santo. Durante várias oportunidades o pastor C orou por mim e repetiu os beijos e carícias...."
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*frankj. costa*

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